quarta-feira, 26 de novembro de 2014

Cooperativismo BJI | O potencial produtivo e os desafios da CAVIL

Depois de abordar em uma breve retrospectiva administrativa da cooperativa, na segunda metade da entrevista aos gestores desta, abordei dois pontos que sempre são alvos de críticas por parte de cooperados e pessoas próximas a instituição.


O primeiro ponto abordado foi sobre qual tamanho seria o desafio da cooperativa incrementar sua força de vendas, haja visto que poucos conseguem entender o que acomete com uma empresa com produtos de inegável aceitação de mercado e
uma infraestrutura de primeira linha, e ter tão pouca capilaridade no mesmo.

Tanto o diretor-presidente como o secretário foram enfáticos em reconhecer que hoje o maior desafio da cooperativa está em encontrar os caminhos que venham a viabilizar o investimento na força de vendas dos produtos CAVIL. 

Por outro lado eles sinalizam que a instituição está pronta para alçar novos voos em busca de parcerias do mercado lácteo. Recentemente foi estabelecido uma parceria comercial com a Selita, porém esta não se convertia em incremento na força de vendas da CAVIL, ficando somente na seara industrial da produção e envasamento de alguns laticínios. 
Esta parceria foi suspensa em abril de 2014 e no momento a cooperativa está livre para estabelecer o mesmo acordo com outra empresa.



Também foi salientado que em 2007 a estrutura administrativa e operacional foi toda transferida para Bom Jesus do Itabapoana, em que as instalações eram novas e muito amplas, mas os equipamentos ainda eram os antigos que estavam operando em Bom Jesus do Norte, sendo que a partir de 2012 que se iniciou um processo de médio prazo para modernizar o parque industrial da cooperativa.

O último ponto abordado foi no aspecto democrático na prática do legítimo cooperativismo adotado atualmente na CAVIL, tendo eu comentado que pouco se debate o tema cooperativa em Bom Jesus como antes, e que se eles também teriam a mesma impressão do distanciamento do cooperado, das atividades da cooperativa. 
Eles me responderam de maneira prática este questionamento, e concordaram dando como exemplo as visitas que eles realizaram a muitos produtores cooperados na véspera da eleição que passou. 
Eles se atentaram para a necessidade de realizar mais visitas de maneira regular, para alinhar as demandas com os cooperados.


O secretário foi sucinto ao constatar a importância da diretoria se aproximar dos cooperados para discutir e procurar aprimorar a gestão, e conversamos na possibilidade da instituição de assembleias itinerantes nos distritos do município para estreitar os laços institucionais e comerciais entre cooperativa e cooperativados. 
Complementando o tema ainda abordei a possibilidade deles encontrarem algumas soluções na política administrativa de CAVIL aprimorando a comunicação pelas redes sociais.

Cabe registro o cuidado com o meio ambiente da cooperativa ao observar o sistema de tratamento de esgoto em que não há emissão de odores, e o mesmo é tratado dentro das dependências da cooperativa.

Atualmente a Cooperativa Agrária Vale do Itabapoana conta com quinhentos e trinta cooperados em todo Vale do Itabapoana (Norte/Noroeste Fluminense e Sul Capixaba) e gera oitenta e três empregos diretos. 
Trata-se de uma instituição bom-jesuense sexagenária que está com a situação jurídica/contábil sanada e equilibrada, com amplas instalações em totais condições sanitárias de funcionamento, e incrementando a capacidade produtiva de seu maquinário.


O desafio agora é encontrar caminhos e parcerias para expandir a marca e a capacidade industrial. Aos bom-jesuenses, sugiro que prestigiem os produtos CAVIL e contribuam com o desenvolvimento de nosso mercado!

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